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Tai-Chi em Coimbra


 


A prática de Tai-Chi é uma realidade em Coimbra. Às terças e sextas, pelas 18 horas, a professora Doroteia orienta os movimentos suavemente e com ritmo, procurando de forma equilibrada e confortável uma coordenação entre o corpo e a mente.


Iniciaram esta ginástica de origem chinesa cerca de uma dúzia de sócios da A.P.D.P.K


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O salão gentilmente cedido pelo senhor Presidente da Junta de Freguesia de Sto. António dos Olivais é óptimo e muito agradável.


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O Tai-Chi relaxa e tranquiliza a mente, acalma o sistema nervoso ao mesmo tempo promove a prática regular de exercício físico suave.


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Traz muitas vantagens para as pessoas doentes de Parkinson, fomenta o convívio, ajuda a melhorar a qualidade de vida.



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 Se és doente de Parkinson, junta-te a nós, não estás só!


 Dulce Flórido Carvalho


Marco dos Pereiros – Coimbra


Telefone 239 437.765



 




 


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publicado às 17:07


Texto:Dr. Tiago Fleming Outeiro

por romasi, em 24.12.04

Caros amigos, achei por bem dar-vos a conhecer um pouco mais daquilo que faço. Eu trabalho no MassGeneral Institute for Neurodegenerative Disease (MIND), afiliado com o Massachusetts General Hospital e Harvard Medical School, em Boston, EUA

Este instituto dedica-se ao estudo de varias doenças neurodegenerativas, como Parkinson, Alzheimer, Huntington e ALS.

Estas doenças tem em comum o facto de estarem associadas com problemas na estrutura de algumas proteínas que, por motivos que não conhecemos ainda totalmente, causam a morte de tipos especificos de neuronios em cada uma das diferentes doenças.

O meu trabalho do doutoramento consistiu em desenvolver um novo modelo para o estudo da alfa-sinucleina, uma das proteínas envolvidas na doença de Parkinson. Esta proteína e o principal componente dos corpos de Lewy (Lewy bodies), que são a agregados que se encontram nos neurónios que produzem dopamina, na substantia nigra do cérebro.

O modelo que eu desenvolvi consistiu na utilizacao de leveduras, que são células muito simples mas muito bem estudadas em laboratório, para estudar os mecanismos moleculares em que a tal proteína alfa-sinucleina esta envolvida, e assim perceber porque motivos ela pode causar problemas.

Agora continuo a trabalhar na doença de Parkinson, mas utilizo células diferentes - células humanas e de ratinhos, para continuar a caracterização que fiz anteriormente.

Algumas das descobertas que fiz no doutoramento servem agora de base para uma empresa de biotecnologia, que tenta descobrir formas de intervir neste tipo de doenças (www.foldrx.com). Por agora e tudo.

Se tiverem interesse em saber mais sobre o meu trabalho estou a disposição. Cumprimentos a todos, Tiago

Nota: Obrigado ao Dr. Tiago Outeiro pela colaboração. Que bom seria ter mais contribuição de outros médicos e outros profissionais de saúde.

Feliz Natal para todos.

Rogério

 

 

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publicado às 17:03


Tiago Fleming Outeiro

por romasi, em 24.12.04
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No passado dia 17/12/2004, recebi um e-mail do ilustre cientista, Tiago Fleming Outeiro, autor do estudo divulgado no post anterior.


Dada a sua importância não posso deixar de divulgar pelos Portugueses o gesto deste jovem investigador que coloca o seu saber ao serviço dos doentes de Parkinson.


Esta atitude enquadra o verdadeiro espírito do Natal.


 


Caro Rogerio,


 


Eu sou o Tiago, o cientista que fez um estudo sobre a doença de Parkinson.


Soube que tinha o seu blog sobre esta doença, onde tinha divulgado o meu trabalho, e desde ja lhe agradeço muito por isso.


Queria também dizer-lhe que estou ao dispor para tudo o que precisar.


Aproveito para lhe desejar um Santo Natal.


Com os meus melhores cumprimentos,


Tiago


Tiago Fleming Outeiro, Ph.D.


MassGeneral Insitute for Neurodegenerative Disease - MIND


Harvard Medical School


CNY 114 16th Street Room 2825


Charlestown, MA 02129


USA phone: +1-617-7241508


fax: +1-617-7241480


http://neurodegeneration.blogspot.com/


  


Tal como refere a notícia publicada no Semanário “O Jornal” da comunidade Portuguesa nos EUA, o cientista Tiago Outeiro é oriundo do Porto, Outeiro contava completar o Doutoramento em Doenças Neurodegenerativas dentro de seis meses. Depois esperava trabalhar num laboratório em Harvard durante dois ou três anos, e posteriormente regressar a Portugal para trabalhar no campo da investigação.


Notícias já recebidas confirma que Tiago Outeiro completou o Doutoramento no MIT e trabalha agora no Mass. General Hospital em Bóston.


 


Deixo aqui uma notícia, publicada no dia 18/12/2004 no Brasil, que tem muito a haver com este post e que publico indicando a fonte dispensando-me de comentários…-


18/12/2004 - 13h03


Portugal precisa mudar para que outros países não "roubem" seus cientistas


da Agência Lusa

Um dos responsáveis pelo programa nacional de doutorado em biociências de Portugal defendeu que o país deve mudar a sua cultura científica, aumentando o investimento na área. Caso isso não aconteça, corre-se o risco de formar especialistas para "alimentar" laboratórios estrangeiros.


João Castro Lopes, da Faculdade de Medicina do Porto, afirmou que há 200 jovens nos três programas nacionais de doutorado (Instituto Gulbenkian de Ciência e universidades do Porto e de Coimbra).
"Isto cria uma angústia: o que fazer para que eles continuem em Portugal?", perguntou o responsável, lembrando que esses são alunos seleccionados entre os melhores do país. Um dos programas, por exemplo, tinha 12 vagas e 160 candidatos.


A notícia completa foi publicada aqui:


 


http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u12755.shtml


 


Caro Doutor Tiago.,


Admiro as pessoas simples independentemente das suas origens.


Sempre tive um grande reconhecimento por aqueles que colocam o seu saber ao serviço de uma causa, sem vaidade, mas permanecendo todavia notáveis, porque nos deixam a nós, seus compatriotas, vaidosos pelos seus feitos.


Na minha vida tenho visto poucos Homens com aquela qualidade e, quando a têm apesar de respeitados, parece que ninguém lhes dá o justo valor que merecem.


E se digo que parece é porque sei que esses homens ficam na história e os outros não.


Há uns anos tive o prazer de conhecer um grande Homem, o Professor Galopim de Carvalho, e, tal como o Doutor Tiago, ele é um homem simples e um cientista com reconhecido mérito alicerçado no seu trabalho.


Estamos a atravessar uma crise na nossa sociedade. Dá-se mais importância à notícia brejeira, à asneira, à coscuvilhice, à demência intelectual, pois é esta que faz a notícia.


Esta é a nossa realidade: os factos notáveis não são tidos em conta, pois, não vendem jornais.


Para mim isso tem uma explicação. - O povo anda triste! O povo sofre! Os cidadãos já duvidam que o futuro seja mais risonho e, talvez por isso, necessitam de factos que os façam rir para não chorarem…


Vem tudo isto a propósito de me ter sido dado a conhecer notícias sobre o seu trabalho, tese de Doutoramento, que parece ter versado sobre o “mal de Parkinson e que não foi notícia.


Quando esta nova chegou até mim, desconhecendo a data, porque o “semanário O Jornal” não a refere, fiquei muito feliz e extravasei a minha alegria informando, “meus companheiro de jornada” – os doentes com “Mal de Parkinson” – - da sua investigação.


Daí que tenha logo divulgado a notícia à escala de 4 blogs, muito embora pouco saiba do assunto ou, sequer, o resultado do seu trabalho.


Independentemente do que tenha conseguido, sei:


- Que um jovem cientista português, de nome Tiago, que no seu país não dispunha de meios, fez ou tentou fazer qualquer coisa tornando-se mais um imigrante com sucesso;


- Que, quando este jovem cientista foi entrevistado, estava entusiasmado, tinha ou tem a esperança de poder contribuir com todo o seu saber, com todo o seu amor, para a descoberta da cura da doença de Parkinson.


Vou terminar,


Tudo isto para agradecer o seu e-mail que tão prontamente me fez chegar.


Obrigado pelas suas palavras e a sua postura em colocar o seu saber ao serviço dos doentes.


Obrigado doutor Tiago pela oferta que nos fez de nos ajudar a manter a esperança.


Feliz Natal


Rogério Simões

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publicado às 16:57

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Cientista português faz importante descoberta para doença de Parkinson


 


(Dado o interesse para os doentes de Parkinson e por ser uma notícia que nos chega da ilustre Comunidade radicada nos E.U.A. reproduz-se quase na integra. Obrigado ao Semanário O Jornal pela autorização já recebida)


 


Um cientista português candidato a Doutoramento pelo Massachusetts Institute of Technology está a realizar um estudo revolucionário que poderá levar à prevenção ou descoberta de uma cura para a doença de Parkinson.


Tiago Fleming Outeiro, de 27 anos, e Susan Linquist, directora do Instituto Whitehead do MIT, conseguiram duplicar com êxito uma das características mais críticas da doença num modelo.


Nos pacientes da doença Parkinson, certas proteínas no cérebro formam agregados que contribuem para a morte da célula e eventualmente conduzem à manifestação dos primeiros sintomas debilitantes da doença. Até ao momento, a jornada científica para tentar descobrir como é que estes agregados se formam e como preveni-los tem sido vagarosa e difícil, mas isto poderá dentro em breve mudar graças ao trabalho inédito de Outeiro e Lindquist, que foi publicado na última edição do periódico Science.


Os dois cientistas conseguiram usar leveduras como tubo de ensaio vivo para mostrar como basta uma pequena quantidade da proteína neuronial alpha-synuclein relacionada com a doença Parkinson para convencer as proteínas circundantes a abandonarem o seu formato normal e formarem estes agregados fatais.


Estamos a tentar estudar a doença de Parkinson usando um modelo celular muito mais simples em que é muito mais fácil fazer este tipo de estudos e mais rápido e mais barato colocar questões sobre aquilo que corre mal antes da doença se desenvolver, adiantou Outeiro.


Basicamente, queria ver o que acontece na célula quando produzimos um bocadinho mais desta proteína do que o sistema de controlo pode lidar. Será que a proteína muda em termos biológicos?


Será que nada acontece? Ou será que causa problemas à célula?


As semelhanças entre processos celulares básicos entre s seres humanos e estas leveduras são tão surpreendentes que a equipa decidiu arranjar um grupo de leveduras, cada uma contendo níveis variados da proteína pha-synuclein.


Estudamos quais eram os efeitos para as células quando elas produziam esta proteína, informou Outeiro. Vimos que a proteína se comporta de forma diferente dependendo dos níveis de produção e quando expressamos a proteína a um nível mais baixo a célula funciona bem sem problemas, e a proteína associa-se basicamente com a membrana da célula. Mas quando aumentamos ligeiramente a produção da proteína, a proteína começa a formar agregados dentro da célula e isso é exactamente o que se passa na doença de Parkinson. A partir daí temos um sistema bom em que possamos fazer outros tipos de estudos com drogas ou estudos genéticos para perceber quais é que poderão ser outros factores de risco na doença de Parkinson.


Este trabalho adiantou, é muito importante porque ajudará os cientistas a compreender melhor o que se passa ao nível molecular nestas doenças. Pode ser considerado revolucionário Segundo Outeiro, que possui uma Licenciatura em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e completou o estágio da mesma na Universidade Leeds da Inglaterra, esta foi a primeira vez que as leveduras foram usadas no estudo da doença de Parkinson.


As leveduras são células bastante mais simples e muito melhor caracterizadas do que células humanas, portanto oferecem uma maior variedade de técnicas que se podem aplicar para estudar os diversos processos biológicos, explicou.


Numa fase inicial será mais direccionado à prevenção porque nos vai ensinar sobre coisas que podem prevenir ou influenciar a doença. Agora o que queremos fazer é usar isto como uma forma de descobrir potenciais curas.


No futuro, o trabalho poderá ser aplicado a outros campos, caso da indústria farmacêutica, e ser usado na vida académica visto que permite estudar as coisas com mais detalhe.


Quando questionado, Outeiro não colocou de parte a possibilidade de vir a ganhar prémios em resultado deste trabalho.


Isso seria óptimo, disse. É um estudo que tem uma relevância muito grande.


Mas quando é que os pacientes com Parkinson poderão beneficiar directamente deste estudo?


Isso é muito difícil [de prever], frisou. Isso é sempre muito complicado porque estas coisas são sempre muito demoradas. Não posso dar ideia de um prazo, o que posso dizer é que nos últimos anos temos aprendido bastante sobre esta e outras doenças e sabemos muito mais hoje do que sabíamos há 10 anos. E, sem dúvidas, estamo-nos a aproximar de uma possível terapêutica... mas dar um prazo é muito complicado.


Oriundo do Porto, Outeiro conta completar o Doutoramento em Doenças Neurodegenerativas dentro de seis meses. Depois espera trabalhar num laboratório em Harvard durante dois ou três anos, e posteriormente regressar a Portugal para trabalhar no campo da investigação.


 


Artigo publicado por Lurdes C. Da Silva no “O Jornal” publicado pela Comunidade Portuguesa nos Estados unidos da América


 


O Jornal e a entrevista pode ser lido em http://www.ojornal.com/CientistaportuguesfazimportantedescobetaparadoencadeParkinson.htm


 


 

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publicado às 16:53


Parkinson lutar por uma vida melhor

por romasi, em 24.12.04

Revista “BEIJAFLOR NATURAL”


 


Já se encontra nas bancas da especialidade a revista nº 38, de Novembro de 2004.


A revista Beijaflor Natural é uma publicação da “Mercuriana, Publicidade e Comunicação, Lda” Praça Ilha do Faial, 14 - R/C 1000-168 Lisboa.


Na revista n.º 38 a folhas 18 e 19 encontra-se um artigo intitulado “Parkinson Lutar por uma vida melhor”


Este texto refere que em Portugal existem cada vez mais doentes com o Síndroma de Parkinson. A poluição ambiental e o excesso de medicamentação são as principais causas. Não existe cura, mas já é possível atenuar os sintomas através da medicina alternativa”, referem.


O artigo fala ainda das causas.


Nas substâncias neurotóxicas que em função da dose, podem ter efeitos nocivos para o cérebro:


1º Alumínio;


2º Chumbo;


3º Mercúrio;


4º Medicação em excesso;


5º Produção de radicais livres.


Aborda os sintomas, tais como, a rigidez, o tremor, a bradicinesia e a instabilidade postural.


Como alternativa aos produtos químicos indica a Acupunctura, a vitamina B2 e substâncias antioxidantes.


Quanto À vitamina b2 está escrito “ A ingestão de doses elevadas desta vitamina ajuda a combater a doença de Parkinson, ao contribuir para a inversão do processo degenerativo dos neurónios. É indispensável para o processo de respiração das células e responsável por mais de cem reacções químicas. Pode ser encontrada nos lacticínios, nos cogumelos e na levedura de cerveja”


Os antioxidantes, que combatem os radicais livres, podem ser encontrados no tomate, nos brócolos, todos os vegetais de folha verde, o peixe e as nozes.


Finalmente informo que existem online 3 revistas mais antigas que podem ser copiadas. no endereço


http://www.beijaflor.online.pt


Posso referir um artigo da autoria de Francisco Varatojo, publicado na revista 22 que nos fala de Strees


Rogério


08-12-2004


 

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publicado às 16:51


Parkinsonismo Atípico

por romasi, em 24.12.04

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Parkinsonismo Atípico


 


Este artigo vem publicado na Revista Beija-flôr nº 48.


Esta magnífica revista pertence à Associação Brasil Parkinson e encontra-se à disposição de todos para download .


Dado o elevado interesse para os doentes de Parkinson em Portugal, aqui se reproduz por completo este artigo, respeitando a escrita em língua Portuguesa do Brasil, citando-se o seu autor e as fontes.


 


Parkinsonismo atípico


“Nem sempre o diagnóstico da doença de Parkinson (DP) é dado pelo médico de uma forma categórica.


Em algumas situações, o médico diz que o paciente tem uma “síndrome parkinsoniana” ou, outras vezes, um “Parkinsonismo atípico”, e não o diagnóstico de certeza da doença de Parkinson. Mas, afinal, o que é síndrome parkinsoniana e o que é Parkinsonismo atípico?”


Autor: Dr. Henrique Ballalai Ferraz


Síndrome parkinsoniana ou “parkinsonismo” diz respeito à presença do seguinte conjunto de sinais e sintomas: tremor nas mãos, pernas ou no queixo (especialmente aquele que é mais evidente quando o indivíduo está sem movimentar-se, com o corpo relaxado), enrijecimento muscular, lentidão e dificuldade para se movimentar (conhecida como acinesia ou bradicinesia), além de problemas para se manter em pé ereto e equilibrado.


Essa combinação de sintomas pode ser observada em inúmeras condições clínicas como a DP, o uso prolongado de determinados tipos de medicamentos, problemas circulatórios cerebrais, algumas doenças degenerativas do sistema nervoso, intoxicação crônica por contaminantes ambientais (como exposição ao manganês), entre outras.


Na maioria das vezes o diagnóstico do fator causal da síndrome parkinsoniana não é difícil. Por exemplo, se o indivíduo com aqueles sintomas vem usando um medicamento neuroléptico (um tipo de remédio utilizado para tratar problemas psiquiátricos), é relativamente fácil identificar que medicação é a causa do problema. O mesmo acontece se ele trabalhar em uma usina de fundição de aço, expondose ao vapor do metal manganês.


Enfim, a história clínica do indivíduo dá informações preciosas ao médico para chegar à causa do problema.


Entretanto, algumas vezes o indivíduo tem aquele conjunto de sinais e sintomas, mas nenhum fator causal aparece na história. Como então chegar ao verdadeiro diagnóstico do paciente?


O diagnóstico dessa doença é feito em bases estritamente clínicas, ou seja, não há qualquer exame que comprove, seja um teste no sangue ou um exame radiológico. Desse modo, o médico baseia-se essencialmente na história e no exame físico do indivíduo. Tipicamente, a enfermidade inicia-se após os 50 anos e seus sintomas começam a se manifestar apenas em um dos lados do corpo, progredindo paulatinamente com o decorrer do tempo.


Além disso, na DP, nenhuma outra anormalidade neurológica costuma estar associada a sinais e sintomas parkinsonianos (tremor, rigidez muscular, acinesia e anormalidades do equilíbrio postural).


Um outro dado útil ao médico é a resposta à ingestão de medicamentos contendo levodopa. Na DP costuma haver uma melhora dos sintomas com o efeito do medicamento, o que não ocorre, com algumas exceções, nas outras formas de parkinsonismo. Muitas vezes, o médico pede exames de ressonância magnética ou tomografia computadorizada cerebral com o intuito de afastar outros diagnósticos que eventualmente possam confundir-se com a DP.


Há situações, entretanto, especialmente em algumas formas de parkinsonismo associado a doenças degenerativas do sistema nervoso, nas quais os sintomas do paciente não permitem ao médico ter certeza da origem do quadro numa avaliação inicial. Daí o termo “parkinsonismo atípico”. Aqui o quadro clínico é semelhante ao da DP, porém o modo como a doença progride e a resposta ao tratamento medicamentoso são diferentes.


A DP e o parkinsoniano atípico têm muitos pontos em comum. Entre eles, ressaltamos a idade de início (de um modo geral após os 50 anos) e a presença da combinação dos sinais e sintomas da síndrome parkinsoniana.


Contudo, muitos podem ser os pontos de distinção entre as duas condições, mas, às vezes, essas diferenças ser tão sutis que, ao médico menos experimentado, passa totalmente despercebidas.


Quais seriam, então, as principais diferenças entre a doença de Parkinson e o parkinsonismo atípico?


A primeira delas é que a DP é uma doença e o parkinsonismo atípico representa um grupo de diversas doenças.


O parkinsonismo atípico também é chamado de “Parkinson-plus”. “Plus” (“mais”, em inglês) porque neste grupo de doenças é muito comum haver uma síndrome parkinsoniana “mais” outras anormalidades neurológicas. Portanto, a combinação de parkinsonismo a demência, incoordenação motora, alteração dos movimentos oculares, queda da pressão arterial na posição ereta, descontrole urinário ou fecal, entre outros, podem levantar suspeitas de parkinsonismo atípico.


Outras manifestações são mais frequentes no parkinsonismo atípico do que na DP. Podemos mencionar o início bilateral dos sintomas, problemas com o equilíbrio e quedas freqüentes logo no começo da doença e problemas com a voz e com a deglutição, também aparecendo precocemente. Outra diferença importante é que no parkinsonismo atípico não há uma resposta satisfatória ao tratamento com os medicamentos utilizados no Parkinson.


Dr. Henrique Ballalai Ferraz


Neurologista, Professor do Curso de Pós-Graduação em Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Escola Paulista de Medicina


 


Autor Dr. Orlando G. Povoas Barsottini


 


Entre as doenças do grupo do parkinsonismo atípico temos a paralisia supranuclear progressiva, a atrofia de múltiplos sistemas, a degeneração corticobasal e a doença dos corpúsculos de Lewy.


Todas são doenças neurológicas degenerativas cuja causa ainda é desconhecida.


A paralisia supranuclear progressiva (PSP) é provavelmente a doença mais comum do grupo do parkinsonismo atípico.


É uma doença que se inicia por volta dos 50/60 anos de idade, sendo comum a presença, logo de início, de desequilíbrio e quedas. As manifestações parkinsonianas são comuns, mas é freqüente a ausência do tremor de repouso.


Com a evolução vão ficando evidentes os problemas com a deglutição e a fala. Mudança do humor, esquecimentos freqüentes e progressivos, dificuldade para movimentar os olhos no sentido vertical e uma postura anormal do pescoço para trás vão aparecendo na evolução da doença.


Não há ainda um tratamento medicamentoso específico para a PSP, mas a fisioterapia e a fonoterapia trazem benefícios. Nos EUA e na Europa existem associações dedicadas a familiares e pacientes com PSP e o site da Sociedade Americana de PSP (www.psp.org) traz informações muito interessantes.


A atrofia de múltiplos sistemas (AMS) é uma doença neurológica degenerativa cuja principal característica é a combinação de parkinsonismo, disfunção do sistema nervoso autônomo e sintomas relacionados ao mau funcionamento do cerebelo, uma das estruturas do cérebro. A disfunção autonômica manifesta-se com acentuada queda da pressão arterial do indivíduo em posição ereta (chamada “hipotensão ortostática”), descontrole urinário e alteração na função intestinal, entre outros sinais. Os sintomas relacionados ao cerebelo são incoordenação no andar (chamada de “ataxia da marcha”) e nos movimentos dos braços e das pernas.


Dependendo de cada paciente, um dos sintomas pode predominar sobre os demais. Quando os sintomas relacionados ao mau funcionamento autonômico predominam, pode-se dizer que a AMS tem o subtipo de “síndrome Shy-Drager”; quando o predomínio é dos sintomas cerebelares, “atrofia olivopontocerebelar”; no predomínio do parkinsonismo, “degeneração estriadonigral”.


Em todas as formas de AMS a levodopa, o mesmo medicamento utilizado na doença de Parkinson, pode trazer algum benefício ao paciente, especialmente nas fases iniciais. Medidas paralelas, como medicamentos para minimizar as oscilações da pressão arterial, a fisioterapia e a fonoterapia têm valia.


A doença por corpúsculos de Lewy tem alguma semelhança com o mal de Alzheimer, pois pode aparecer em pessoas mais idosas e associar um quadro demencial com sinais parkinsonianos leves. A degeneração corticobasal é uma doença muito rara que além de parkinsonismo pode manifestar contrações musculares e alteração na movimentação de um dos membros.


Apesar das inúmeras diferenças apontadas entre a DP e as diversas formas de parkinsonismo atípico, nem sempre, na prática, é fácil para o médico identificá-las com certeza. O conhecimento dessas doenças degenerativas do sistema nervoso que se confundem com a DP tem permitido uma maior capacidade para diagnosticar os pacientes e, assim, tratá-los de forma mais eficaz. Muitas pesquisas estão em andamento e temos certeza de que em breve o resultado delas trará novo alento aos pacientes.


 


Dr. Orlando G. Povoas Barsottini


Neurologista do Setor de Distúrbios do Movimento da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Escola Paulista de Medicina


 


(FONTE)


Revista Beija-flor nº 48 da Associação Brasileira de Parkinson


Caso haja qualquer impedimento legal, que presumo não ser o caso, este artigo que transcrevi será imediatamente apagado.


Desde já os nossos agradecimentos à APB pelo valioso site e pelo trabalho que desenvolve em favor da comunidade de doentes com o mal de Parkinson.


“A Associação Brasil Parkinson é uma instituição reconhecida como de Fins Filantrópicos pelo Conselho Nacional de Assistência Social, do Ministério da Previdência e Assistência Social. Não tem fins lucrativos e sobrevive unicamente graças à sua contribuição, pois não conta com nenhuma outra fonte de receita.


Não deixe de colaborar. Traga ou indique novos associados e torne a ABP mais forte.”


DOAÇÕES: BANCO BRADESCO S.A.


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Municipal: Decreto Nº 30.477/91


Endereço para Correspondência


Av. Bosque da Saúde, 1.155 – São Paulo (SP)


CEP 04142-092 – Tel/Fax: (0xx11) 578-8177


Internet: www.parkinson.org.br / e-mail: asparkin@netway.com.br




Rogério Simões


27-11-2004

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publicado às 16:44


Conhecendo a doença...

por romasi, em 24.12.04

CONHECENDO A DOENÇA ...



MAL DE PARKINSON
É a degeneração de um local do cérebro chamado “gânglio da base”. Causa (de forma progressiva) lentidão dos movimentos,
tremores, rigidez e alterações de equilíbrio. Atinge ambos os sexos, principalmente após os 60 anos de idade.

CAUSAS, SINAIS E SINTOMAS
A causa do mal de Parkinson ainda é desconhecida. Sabe-se que factores genéticos e ambientais e o envelhecimento podem ser alguns de seus causadores.
No início, podem surgir alguns dos sinais descritos abaixo (combinados entre si ou isolados):
• Tremor de repouso – presença de tremor quando a pessoa está parada. Este movimento diminui ou desaparece quando se realiza algum tipo de movimento voluntário.
• Rigidez muscular – limitação de movimentos, por causa do aumento da tensão normal dos músculos.
• Bradicinesia – realização de movimentos lentos, principalmente em actividades rotineiras, como andar, pegar um objecto, tomar banho, etc.
• Alteração postural – tendência à curvatura da cabeça e do tronco para frente.
• Marcha prejudicada – os passos tornam-se lentos e ocorre redução dos movimentos associados (balançar os braços). Em fases mais avançadas, o indivíduo tem “marcha em bloco” (robotizada).
• Hipominicia – não há expressão facial, nem reacção a estímulos externos.
• Alteração da voz – fala baixa.

DIAGNÓSTICO
É inteiramente clínico. Para fazê-lo, o médico se orienta pelos sinais e sintomas neurológicos que o paciente apresenta. Geralmente, não são solicitados exames de tomografia ou de
ressonância magnética.

TRATAMENTO
Envolve medicamentos, com doses ajustadas à necessidade de
cada indivíduo.
A fisioterapia é indicada, para manter as actividades cotidianas.
Pode ser indicada, também, a fonoaudiologia, para melhorar a
voz e a fala.

CUIDADOS NA VIDA DIÁRIA
Quem convive com portadores do mal de Parkinson deve tomar alguns cuidados, a fim de melhorar a qualidade de vida e a segurança nas atividades diárias:
• Mantenha as áreas de circulação livres de móveis e de tapetes soltos.
• Instale luzes para circulação nocturna.
• Elimine divisórias de vidro no banheiro.
• Mantenha o piso do banheiro com tapetes antiderrapantes·

 



OUTROS CUIDADOS·
É importante conscientizar o portador do mal de Parkinson sobre os cuidados que ele deve ter consigo:
• Fazer fisioterapia.
• Utilizar-se de técnicas de relaxamento.
• Praticar caminhadas.
• Utilizar sapatos macios e com solado de borracha.
• Elevar o pé do chão a cada passo.
• Cortar os alimentos em pedaços pequenos e comê-los lentamente.
• Engolir o excesso de saliva antes de colocar o
alimento na boca.
• Triturar os alimentos caso aumente a
dificuldade para mastigar ou engolir.
• Mastigar bem os alimentos e beber
líquidos em pequenos goles.
• Procurar dormir deitado de lado, a fim de não engasgar com
a saliva.
• Manter programa regular de exercícios.
• Não subir em escadas ou em cadeiras para pegar objectos em lugares altos.
• Utilizar-se do corrimão da escada.
• Evitar usar roupas com botões ou fechos pequenos, que dificultem a manipulação.
• Prefira usar sapatos com fecho de velcro.
• Ao levantar-se da cama, apoie bem os pés no chão, para ter impulso e ficar
em pé.

FONTE
: www.einstein.br/espacosaude



 



Obrigado Professora



 Dalva de Paula Molnar



(Autora do Blog "MAL DE PARKINSON"



(Rogério)
--
Posted by Dalva to BLOG de PARKINSON PT at 11/22/2004 09:45:50 AM



 

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publicado às 16:41


Parkinson e depressão

por romasi, em 24.12.04

Parkinson e depressão


A doença de Parkinson, que foi descrita em 1817, é uma das doenças neurológicas mais comuns dos dias de hoje, somente perdendo para a doença de Alzheimer. É uma doença que atinge todos os grupos étnicos e classes socio-económicas. Estima-se uma prevalência de 100 a 200 casos por 100.000 habitantes. Sua incidência e prevalência aumentam com a idade, sendo mais frequente entre 55 e 66 anos. Nos Estados Unidos existem 1 milhão de pessoas afectadas, que corresponde no Brasil a 650 mil pessoas. Do ponto de vista patológico é uma doença degenerativa caracterizada por morte de neurónios paminérgicos da substância nigra do cérebro, e por inclusões intracitoplasmáticas destes neurónios, conhecidas como corpúsculos de Lewy. As manifestações clínicas do Parkinson incluem tremor de repouso, bradicinesia, rigidez tipo roda denteada e anormalidades posturais. Todos esses sintomas estão relacionados ao sistema nervoso motor, e atinge as articulações. Como é uma doença progressiva, que usualmente acarreta incapacidade severa após 10 a 15 anos, o impacto social e financeiro é elevado, particularmente na população mais idosa.
W.M. McDonald e colaboradores, psiquiatras, da Universidade de Emory, da cidade de Atlanta, na Geórgia, chamam atenção para os problemas não motores que atingem mentalmente o indivíduo, tais como, demência, psicose, ansiedade, insónia, distúrbios do humor e, principalmente, a depressão. Segundo esses autores cerca de 50% dos pacientes têm depressão, que nesses casos são resultantes da degeneração neuroanatómica, e da acção da serotonima, do que simplesmente como reacção a um stress psicossocial.  


Fonte :: Biol Psychiatry 2003 Aug 1;54(3):363-75

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publicado às 16:34


Abertura

por romasi, em 24.12.04
Nota de abertura
Certo dia o céu desabou em mim: Fiquei a saber que sofria do Mal de Parkinson.
Com o impacto parecia ter ficado derrotado, porém não sou homem para desistir.
A partir por daí procurei conhecer a doença – só em Portugal existem mais de 50.000 doentes e milhões por todo o mundo.
Conheci Associações, Laboratórios, Hospitais, Centros de investigação e pessoas de que procuram com amor, ajudar a minorar o sofrimento dos doentes, das suas famílias, dos amigos e conhecidos. Reconheci nos profissionais de saúde, na classe médica e nos cientistas em geral muita doação muita disponibilidade colocando todo o saber ao serviço da colectividade.
Encetei contactos com ilustres amigos do Brasil e com a Dra. ANNE FROBERT formada em medicina pela Universidade Claude Bernard de Lyon, na França, especializada em cirurgia do cancro ginecológico, e todos se prontificaram a colaborar.
Com este conhecimento, aproveitei o meu livro de poesia – <a href=”http://poemasdeamoredor.sapo.pt/”>Poemas de amor e dor</a>, para divulgar alguns textos e locais de ajuda.
Mas não chega!
Contactei com algumas pessoas, doentes como eu, e resolvi dar inicio um novo ciclo, construindo, com os meus parcos conhecimentos, um BLOG consagrado aos doentes que sofrem de PARKINSON.
“Sofrer em silêncio e com dignidade é, para mim, o lema de todos os doentes de Parkinson”.
Conhecer os sintomas, os avanços na ciência e falar da doença será para nós um enorme passo para minorar os estragos causados pela Parkinson.
E se, a tudo isto, juntarmos uma “pitada de amor”, sem “lamechas, então as nossas e as vossas almas serão luz e um exemplo para esta sociedade que está a ficar insensível e egoísta.
A colaboração de todos vai ser preciosa para melhorar a qualidade de vida com a dignidade que todos merecemos.
Finalizo.
Durante estes últimos dois anos tenho pedido a Deus, à vida ou ao Universo para ter coragem.
Pegando nas palavras da brilhante escritora e jornalista, Laurinda Alves:
“Eu pedi coragem e Deus deu-me obstáculos para superar.”
Sejamos felizes.
Rogério Simões
19-11-2004 22:48:31

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publicado às 15:24



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