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POUCOS REFLEXOS ME RESTAM
Poucos reflexos me restam
Muitas artes me esperam e eu não vou
Que importa a poesia que não se escreve!?
Soluço tantas vezes meus poemas!
Engulo as penas
E com algemas
Desesperadamente
Não apanho os versos.
Se ao menos a outra mão me acompanhasse
Deixasse de tremer
Enquanto escrevo poesia
Certamente prometia
Não mais chorar.
E neste acervo
Se eu achasse qualquer remédio
(Uma pílula milagrosa qualquer)
Que me pudesse rejuvenescer
Parasse este meu tango
A que chamam de Parkinson.
Voltaria a dançar fandango
Voltaria a dançar o charleston.
16-05-2005 18:46
Rogério Simões
PARKINSON PORTUGAL