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(óleo sobre tela Elisabete sombreireiro Palma)
Se mora
http://www.cienciahoje.pt/engines/image/image.php?oid=24340
Sábado 17 de Novembro de 2007, pelas 17 horas na
FNAC CHIADO - LISBOA_ PORTUGAL
Os meus agradecimentos ao TIAGO FLEMIG OUTEIRO
PARKINSON
(DIAGNÓSTICO)
Meu amor! Tu não estavas enganada!
Só tu darias pela diferença no gesto:
Pela minha expressão algo errada...
O meu lado esquerdo menos lesto.
Hoje, tu não ficaste surpreendida!
Componho este poema, e não desisto:
A direita, com que escrevo, agradecida!
A esquerda que não escreve, mas insisto!
Com a direita escrevo o “A” de amor,
Com a esquerda se escreve o “d” de dor
E o resto deste poema em desespero.
Pois sofrer, tanto sofrer não conhece
Meu corpo, tanto sofrer, não merece
Sofrer mais, por sofrer, não quero!
04-06-2002
MENTIA SE TE DISSESSE QUE MINTO
Rogério Martins Simões
Mentias se me dissesses… que pinto…
Não me esforço, peço ajuda, e tu vais
Ajeitas-me o nó da gravata… e o cinto.
Teus passos para mim são sempre mais…
Mentia era se eu dissesse que minto,
Que do meu corpo já não saem vendavais
Que os pés já me pesam e não os sinto
E que os meus passos para ti são demais.
E se te peso ao de leve e não quero
Tu bem sabes a razão do desespero
Não seja tamanha a razão do repeso
Pois se quis voar na ode de um poema
Irás encontrar em meus versos alfazema
Antes fosse manha a razão do meu peso.
10-08-2005 23:31
O QUE O TEMPO TEM DE SOBRA
(
O que o tempo tem de sobra
É o tempo que me dobra…
Dobra o tempo, faz-me velho
Quando revejo o espelho
O tempo terá sempre tempo…
Se a tempo meu riso chegar
Pois… se deslizar desatento…
Talvez o possa encontrar
Passo os dias à procura
(Meu tempo não vai durar)
Meu corpo é espiga madura
Só o tempo o irá vergar
Dobra o corpo no desalento
Semente do tempo e da idade
Já oiço o silvar do vento
Da eterna claridade
E se o tempo não me acalma
Meu corpo nem sempre dura
O tempo não tem a minha alma
Para sempre no tempo perdura
Pois se Deus criou o mundo
E ao sétimo dia descansou
Paro este diálogo profundo…
Para onde a alma me levou
Tempo! Que tens de sobra?
- É o tempo que te dobra…
- Dobra tempo; quero voar!
Voa o tempo e me renova
A dor o riso e a prova…
Agora quero descansar.
17/04/2004
Concluído em
26/08/2005
http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt
mocidade
Rogério Martins Simões
Se ao menos tu
me dissesses qualquer coisa…
Pudesses falar comigo
Como falavas outrora…
Se ao menos eu te visse agora…
talvez me visses de sacola
num quadro qualquer de loisa
a escrever de novo na escola.
Mas não!
Partiste mais cedo…e eu quedei
com a mesma ternura de outrora,
carregado de riscos por fora
para aqui envelhecendo fiquei!
Mas…
Se eu te pedisse para voltares
seria de novo menino!
prometia não ficar traquino,
travesso, endiabrado, irrequieto.
Volta!..
Eu espero!
Prometo que não serei
tudo o que não fui e não quero!
07-08-2004 11:08
PARKINSON PORTUGAL