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Tiago Fleming Outeiro Convida

por romasi, em 15.11.07

(óleo sobre tela Elisabete sombreireiro Palma)

 

 

Se mora em Lisboa. Se quer ouvir falar informalmente 3 Cientistas sobre o envelhecimento e o risco associado de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, visite este link e está convidado a estar presente e participar

http://www.cienciahoje.pt/engines/image/image.php?oid=24340

Sábado 17 de Novembro de 2007, pelas 17 horas na

FNAC CHIADO - LISBOA_ PORTUGAL

Os meus agradecimentos ao TIAGO FLEMIG OUTEIRO

PARKINSON

(DIAGNÓSTICO)

Rogério Simões

 

Meu amor! Tu não estavas enganada!

Só tu darias pela diferença no gesto:

Pela minha expressão algo errada...

O meu lado esquerdo menos lesto.

 

Hoje, tu não ficaste surpreendida!

Componho este poema, e não desisto:

A direita, com que escrevo, agradecida!

A esquerda que não escreve, mas insisto!

 

Com a direita escrevo o “A” de amor,

Com a esquerda se escreve o “d” de dor

E o resto deste poema em desespero.

 

Pois sofrer, tanto sofrer não conhece

Meu corpo, tanto sofrer, não merece

Sofrer mais, por sofrer, não quero!

 

04-06-2002

 

MENTIA SE TE DISSESSE QUE MINTO

Rogério Martins Simões

 

Mentias se me dissesses… que pinto…

Não me esforço, peço ajuda, e tu vais

Ajeitas-me o nó da gravata… e o cinto.

Teus passos para mim são sempre mais…

 

Mentia era se eu dissesse que minto,

Que do meu corpo já não saem vendavais

Que os pés já me pesam e não os sinto

E que os meus passos para ti são demais.

 

E se te peso ao de leve e não quero

Tu bem sabes a razão do desespero

Não seja tamanha a razão do repeso

 

Pois se quis voar na ode de um poema

Irás encontrar em meus versos alfazema

Antes fosse manha a razão do meu peso.

 

10-08-2005 23:31

O QUE O TEMPO TEM DE SOBRA

(Rogério Martins Simões)

 

O que o tempo tem de sobra

É o tempo que me dobra…

Dobra o tempo, faz-me velho

Quando revejo o espelho

 

O tempo terá sempre tempo…

Se a tempo meu riso chegar

Pois… se deslizar desatento…

Talvez o possa encontrar

 

Passo os dias à procura

(Meu tempo não vai durar)

Meu corpo é espiga madura

Só o tempo o irá vergar

 

Dobra o corpo no desalento

Semente do tempo e da idade

Já oiço o silvar do vento

Da eterna claridade

 

E se o tempo não me acalma

Meu corpo nem sempre dura

O tempo não tem a minha alma

Para sempre no tempo perdura

 

Pois se Deus criou o mundo

E ao sétimo dia descansou

Paro este diálogo profundo…

Para onde a alma me levou

 

Tempo! Que tens de sobra?

- É o tempo que te dobra…

- Dobra tempo; quero voar!

 

Voa o tempo e me renova

A dor o riso e a prova…

Agora quero descansar.

17/04/2004

Concluído em

26/08/2005

http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt

 

 

mocidade

Rogério Martins Simões

 

Se ao menos tu

me dissesses qualquer coisa…

Pudesses falar comigo

Como falavas outrora…

Se ao menos eu te visse agora…

talvez me visses de sacola

num quadro qualquer de loisa

a escrever de novo na escola.

 

Mas não!

Partiste mais cedo…e eu quedei

com a mesma ternura de outrora,

carregado de riscos por fora

para aqui envelhecendo fiquei!

 

Mas…

Se eu te pedisse para voltares

seria de novo menino!

prometia não ficar traquino,

travesso, endiabrado, irrequieto.

 

Volta!..

Eu espero!

Prometo que não serei

tudo o que não fui e não quero!

 

07-08-2004 11:08

 

 

 

 

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