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VOLTEI A ESCREVER E JÁ NÃO QUERIA

por romasi, em 14.10.18

 

A DISCINESIA e o PARKINSON.

O vídeo que vos quero mostrar foi gravado numa Tertúlia Poética em Alenquer.

Podia esconder e não dar a conhecer a minha discinesia própria dos doentes de Parkinson. Não o fiz pois precisamos de encarar os malefícios desta agitação que se caracteriza por movimentos repetitivos, involuntários e repetitivos.

Há que não ter vergonha e lutar pela não exclusão a que muitos, entre os quais os que se dizem amigos. Vamos lutar e não nos rendermos perante estes e outros sintomas do PARKINSON.

Do vosso companheiro

Rogério Martins Simões

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publicado às 23:38


Introspecção

por romasi, em 20.05.08

 

 

 

 

 

INTROSPECÇÃO

 

Se não conseguires escrever

com as duas mãos,

ainda assim, escreverás com uma;

 

Se tiveres dificuldade em escrever direito,

com uma mão,

escreve com os dedos que te restam;

 

Se te tremerem as mãos

e sentires que te olham,

não te importes!

Só treme quem está vivo.

 

Se não conseguires escrever

Dita os teus reversos

para que alguém

te apare a escrita…

e o néctar dos teus versos.

 

Se mesmo assim

tiveres em dificuldade,

esforça-te:

 grava as palavras

no teu coração

E recorda que já foste poeta

 

Lisboa, 29 de Janeiro de 2008

 

Rogério Martins Simões

 

 

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publicado às 02:46


Sonhos desfeitos!

por romasi, em 19.10.07

 

(Óleo sobre tela Elisabete M. Sombreireiro Palma)

 

(Parabéns Elisabete!

Meu lindo sonho presente e belo - como lindos são os teus quadros.

Desta vez dedico-te um soneto)

 

 

 

Sonhos desfeitos

Rogério Martins Simões

 

O Sol resplandece e a água espuma

As ondas vagueiam e o barco desliza

Sobra no meu peito uma dor bruma

Que se esfuma nas colinas da brisa

 

A minha mão sobressai e já foi calma

O meu papel reproduz o adverso

Deixa escrever o que chora a alma

Acalma, vagueia e ensaia um verso

 

A escrita azul tem uma mancha preta:

Letra miudinha que desenha a caneta.

Do bloco de notas gotejam os defeitos

 

E se não mais encontrar sonho vão…

Fiquem os versos que redigi com a mão

Colorindo sonhos, com sonhos desfeitos

 

 

Lisboa – Tejo – 14 de Agosto de 2007

Concluído em 18 de Outubro de 2007

http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt

 

 

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publicado às 00:00


Preciso de paz! Necessito de luz

por romasi, em 03.05.07

 

(Óleo sobre tela – 2007-

Elisabete M. Sombreireiro Palma)

 

 

Preciso de paz! Necessito de Luz

(Rogério Martins Simões)

 

Carrego as minhas emoções,

Sou lembrança e pensamento.

Como distinguir o indistinto

Se tudo não parece mudar

 

Confundem-me as emoções!

Bebo em cada momento,

A bebedeira que não sinto

Tombo! O meu corpo vai tombar!

 

Pouco importa que eu chore

Se meu o choro já não chora!

 

Decerto que a lua fugiu…

pois toda a noite se fez breu.

Ando por aí sem rumo,

cegueira virtual

que me conduz ao abismo.

 

Foi de propósito!

Conhecem o meu gosto pelo

Luar…

Acabo por passar

por uma fase da lua à

cintura…

 

Preciso de luz!

Necessito de paz!

 

Conduziram a estrela

da noite

ao hospício

Amarraram-na

num colete-de-forças.

 

Não forces o teu sorriso!

Se não te avisto…

Visto um disfarce

para libertar os prisioneiros…

 

Rastejo barata pelas

paredes

Medeio um conflito

entre loucos…

Preciso de luz!

Necessito de paz!

 

Certo que a lua não

fugiu,

de mim, sem eu…

Meu rumo é sofrer,

vendo, no real, este enorme

cinismo.

Roubaram o que me resta

do verbo amar

Acabo por cegar

e ainda, assim,

enxergo a amargura!

 

Lisboa, 3 de Maio de 2007

 

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publicado às 22:53


Ondas me vão levando

por romasi, em 13.03.07

(Meco- Portugal 2007)

 

Ondas me vão levando

Rogério Martins Simões

 

Nestas tardes, vazias, ondas me vão levando

Nestas tardes tardias, nas ondas terei sofrido

Morto estarei se breve não estiver chorando…

Cedo estarei chorando; se tarde haverei morrido…

 

Homem, poeta, quimera ou sonho, até quando?

Aceito as tardes vazias e não me dou por vencido

Estou morto? Ou vivo num corpo que não comando?

Passos os dias sofrendo, de tanto sofrer dividido

 

E se a dor avançar, chorar não é humilhação

Quero combater meus choros desta atribulação

Quero esgrimir que o mau tempo traz a bonança

 

Erguerei barreiras para conter todas as marés

Que me travam as mãos e me tolhem os pés

E com elas erguerei uma fortaleza de esperança

 

05-03-2007 21:51 

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publicado às 13:44


EMBOSQUEI-ME NA INDIFERENÇA

por romasi, em 05.11.06

(Foto de Padre Pedro)

EMBOSQUEI-ME NA INDIFERENÇA

(Rogério M. Simões)

 

Embosquei-me na indiferença,

sem sentido,

e em cada dia que passa,

parte a sorte nos ponteiros do silêncio.

 

Estou um mestre de silêncios.

Esfrego o corpo por tudo o que senta,

assenta ou me deita.

 

Deito aos poucos o que resta de mim.

Penduro-me nos ponteiros do relógio,

giro e volto

aos marginais pessimismos.

 

Interrogo-me nas orações.

Interrogo e rogo

para que tudo seja melhor

mas a sorte não muda.

Mudam os silêncios redobrados,

desencantados: porquê?

 

Antes, quando era esperança,

não agonizavam as palavras

e os dias eram claros como o sol.

Para quê a poesia

se o poeta não casa as palavras da sorte

e se refugia nesta catarse do nada.

6/1/2006

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publicado às 17:35



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