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“POEMAS DE AMOR E DOR”
DESTAQUE DO MEU 2º LIVRO NA LOJA DA FNAC DO CHIADO DE LISBOA ENTRE O DIA 7 DE JANEIRO E O DIA 7 DE FEVEREIRO DE 2020
Estimados amigos,
Acabo de receber uma mensagem eletrónica da minha Editora, a Chiado Books, cujo teor passo a divulgar:
“Escrevo para indicar que a sua obra estará em destaque na FNAC do Chiado, entre 7 de Janeiro e 7 de Fevereiro.”
A minha obra poética é constituída por 2 livros de poesia: o primeiro, “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO” foi lançado no ano de 2014, e encontrava-se esgotado.
O meu segundo livro, “POEMAS DE AMOR E DOR” foi publicado neste ano de 2019. Faz parte da Coleção Prazeres Poéticos, editado pela Chiado Books, ISBN: 978-989-52-8450-6, Depósito Legal nº 459328/19. Lançado em novembro de 2019, “POEMAS DE AMOR E DOR”, irá estar em destaque, entre o dia 7 de janeiro de 2020 e o dia 7 de fevereiro de 2020, na FNAC DO CHIADO.
Para quem pretender adquirir o livro, sem ser pela internet, tem ali, e durante um mês, a possibilidade de o folhear antes de o adquirir.
A minha gratidão.
Rogério Martins Simões
(Óleo sobre tela - TEMPESTADE
de ELISABETE MARIA SOMBREIREIRO PALMA)
DIA MUNDIAL DO DOENTE COM PARKINSON
11de Abril de 2008
(Sexta-feira à tarde)
RTP2 – SOCIEDADE CIVIL
(Programa apresentado por FERNANDA FREITAS)
No próximo dia 11 de Abril é lembrado à sociedade que existe uma doença, neurodegenerativa, que dá pelo nome PARKINSON.
No serviço público da televisão, de qualidade, RTP2, no programa magazine de informação, “Sociedade Civil”, vai falar-se sobre Parkinson.
Todos aqueles que são portadores desta doença sabem o que sofrem e o que fazemos sofrer. Nesta data, em meu nome e como portador da doença, entendo que devo agradecer a quem directa ou indirectamente nos ajuda.
Ao Tiago Fleming Outeiro, ilustre Professor e cientista português, e à sua equipa de cientistas, quero agradecer tudo o que tem feito para minorar os “estragos”. O Tiago sabe, que eu sei, que nos irá dar muitas alegrias. Talvez por isso não tenha estranhado as boas-novas que nos chegaram recentemente. Obrigado TIAGO por colaborar há anos com este modesto blog e com o blog “Mal de Parkinson” do Brasil.
Agradeço, também, aos restantes cientistas, aos médicos, aos restantes profissionais de saúde, às Associações de Parkinson, às famílias, aos voluntários e a todos aqueles que ajudam os milhões de doentes, onde incluo doadores, jornalistas e promotores de programas como o que vos é anunciado.
Queridos pais, não se preocupem tanto com este vosso filho! Gosto muito de vós! Pai, mestre poeta com quase 86 anos, vai passar tudo, não vai?!
Finalmente à minha esposa! Para ela tudo! Obrigado Elisabete Maria Sombreireiro Palma.
Aos verdadeiros amigos, e restantes portadores de Parkinson, vai um abraço numa manhã de esperança.
Deixo-vos em poesia alguns dos meus estados de alma, maus sofríveis ou razoáveis, desde que em 2002 me disseram: Sofre de Parkinson!
Não iremos desistir de lutar!
PARKINSON
(DIAGNÓSTICO)
Rogério Martins Simões
Meu amor! Tu não estavas enganada!
Só tu darias pela diferença no gesto
Pela minha expressão algo errada...
O meu lado esquerdo menos lesto.
Hoje, tu não ficaste surpreendida.
Componho este poema, e não desisto:
A direita, com que escrevo, agradecida!
Com a esquerda não escrevo mas insisto!
Com a direita escrevo o “A” de amor,
Com a esquerda se escreve o “D” de dor
E o resto deste poema em desespero.
Pois sofrer, tanto sofrer não conhece
Meu corpo, tanto sofrer, não merece
Sofrer mais, por sofrer, não quero!
04-06-2002
BASTA DE TANTO SOFRER
(13 de Maio)
Rogério Martins Simões
Basta de tanto sofrer!
Chega de tanta agonia!
Já não consigo escrever
E tremendo não ousaria.
Mas desta forma tremer,
Com esta mão temendo fria
Quisera alguém viver
Sem prazer ou alegria?
Pergunto a ti meu amor
A razão da minha dor:
Porquê tanto tormento?
E se adio o meu sofrimento
Em ti que só força recebo
Volto a ter coragem e escrevo.
13-05-2004 2:07:59
Destino ou Coragem
(
Deixei para trás o meu ego
Deixei o sonho segurar o tento…
Quis Deus ou o destino cego
Que o destino fosse tormento
Ao sonho e à coragem me apego
Gavião deixa passar o vento…
Sou náufrago em desassossego
Destino ou coragem sustento.
Não! Não mais quero o desespero!
Não negoceio contigo e não quero!
Sou trama e urdidura forte…
E se o destino a coragem revela
Partiremos juntos num barco à vela
Pois na coragem se combate a sorte…
Lisboa, 29-08-2006 22:36
Soprei numa pena…
Rogério Martins Simões
Soprei numa pena
Que se anichou à janela
Aí está ela, agarrada à empena.
Sem pena, partiu à vela….
Valerá a pena ir atrás dela?
Deu a volta e reentrou,
Parece serena!?
Soprei na pena e a pena voou,
Aí vai ela! Pela porta pequena…
Valerá a pena partir com ela?
Vem um passarito
Apanha-a no bico
Ouve-se um grito
Aí vai ela, a caminho do pico…
Valerá a pena ter pena dela?
Vem um gavião com asas de granito,
Devolve-me a pena, com penas na sela…
São do passarito que passou a goela
Parte gavião! Leva as penas maldito…
Regressou a pena!
Não voltei a soprar mais nela…
Parece serena,
A pena,
Que pena reencontrar-me com ela!
Hospital dos Capuchos, 19/9/2007
(Concluído em 02/10-2007)
Se voltasse não mais choraria
Rogério Martins Simões
Gosto dos simples como gosto de poesia
Até gosto d´ervas que crescem daninhas
Não gosto de choros e tristezas minhas
Viver por viver jamais viveria.
Provei o vinho amargo, da amarga agonia,
Feito de fel, alegrias-poucas, dores minhas.
Se voltasse não mais choraria
Beberia o vinho novo colhido das vinhas
Como poeta eu seja lembrado
Num cantar errante mas perfumado
Volte amanhã de novo a florir
E serei poema em forma de trigo
Semente de amor; cantar de amigo
Para que não mais chore o meu sorrir!
16-05-2005
POUCOS REFLEXOS ME RESTAM
Rogério Martins Simões
Poucos reflexos me restam
Muitas artes me esperam
e eu não vou…
Que importa a poesia
que não se escreve!?
Soluço tantas vezes
os meus poemas!
Engulo as penas…
E com algemas…
Desesperadamente
Não apanho os versos.
Se ao menos a outra mão
me acompanhasse
Deixasse de tremer
Enquanto escrevo poesia
Certamente prometia
Não mais chorar.
E neste acervo
Se eu achasse qualquer remédio
(Uma pílula milagrosa qualquer)
Que me pudesse rejuvenescer
Parasse este meu tango…
A que chamam de Parkinson.
Voltaria a dançar fandango
Voltaria a dançar o charleston.
16-05-2005 18:46
ESPERANÇA
Rogério Martins Simões
Entrelaço os meus dedos nos teus
Vivas ilusões, ténues lembranças
Foram inatingíveis os versos meus
Outono breve, poucas esperanças
Ateámos o fogo nas estrelas dos céus
Mapeávamos nossos corpos de danças,
Encontros e desencontros, não são réus
Presos não estamos, procuro mudanças
Agora, adorno enigmas, bordados de cruz
Cintilam horizontes de esperança e luz
Meu fogo arde no mais puro cristal
E se na alquimia busco a perfeição
Respondo às interrogações do coração
Descubro no amor a pedra filosofal.
Lisboa, 02-10-2006 23:58
(óleo sobre tela Elisabete sombreireiro Palma)
Se mora
http://www.cienciahoje.pt/engines/image/image.php?oid=24340
Sábado 17 de Novembro de 2007, pelas 17 horas na
FNAC CHIADO - LISBOA_ PORTUGAL
Os meus agradecimentos ao TIAGO FLEMIG OUTEIRO
PARKINSON
(DIAGNÓSTICO)
Meu amor! Tu não estavas enganada!
Só tu darias pela diferença no gesto:
Pela minha expressão algo errada...
O meu lado esquerdo menos lesto.
Hoje, tu não ficaste surpreendida!
Componho este poema, e não desisto:
A direita, com que escrevo, agradecida!
A esquerda que não escreve, mas insisto!
Com a direita escrevo o “A” de amor,
Com a esquerda se escreve o “d” de dor
E o resto deste poema em desespero.
Pois sofrer, tanto sofrer não conhece
Meu corpo, tanto sofrer, não merece
Sofrer mais, por sofrer, não quero!
04-06-2002
MENTIA SE TE DISSESSE QUE MINTO
Rogério Martins Simões
Mentias se me dissesses… que pinto…
Não me esforço, peço ajuda, e tu vais
Ajeitas-me o nó da gravata… e o cinto.
Teus passos para mim são sempre mais…
Mentia era se eu dissesse que minto,
Que do meu corpo já não saem vendavais
Que os pés já me pesam e não os sinto
E que os meus passos para ti são demais.
E se te peso ao de leve e não quero
Tu bem sabes a razão do desespero
Não seja tamanha a razão do repeso
Pois se quis voar na ode de um poema
Irás encontrar em meus versos alfazema
Antes fosse manha a razão do meu peso.
10-08-2005 23:31
O QUE O TEMPO TEM DE SOBRA
(
O que o tempo tem de sobra
É o tempo que me dobra…
Dobra o tempo, faz-me velho
Quando revejo o espelho
O tempo terá sempre tempo…
Se a tempo meu riso chegar
Pois… se deslizar desatento…
Talvez o possa encontrar
Passo os dias à procura
(Meu tempo não vai durar)
Meu corpo é espiga madura
Só o tempo o irá vergar
Dobra o corpo no desalento
Semente do tempo e da idade
Já oiço o silvar do vento
Da eterna claridade
E se o tempo não me acalma
Meu corpo nem sempre dura
O tempo não tem a minha alma
Para sempre no tempo perdura
Pois se Deus criou o mundo
E ao sétimo dia descansou
Paro este diálogo profundo…
Para onde a alma me levou
Tempo! Que tens de sobra?
- É o tempo que te dobra…
- Dobra tempo; quero voar!
Voa o tempo e me renova
A dor o riso e a prova…
Agora quero descansar.
17/04/2004
Concluído em
26/08/2005
http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt
mocidade
Rogério Martins Simões
Se ao menos tu
me dissesses qualquer coisa…
Pudesses falar comigo
Como falavas outrora…
Se ao menos eu te visse agora…
talvez me visses de sacola
num quadro qualquer de loisa
a escrever de novo na escola.
Mas não!
Partiste mais cedo…e eu quedei
com a mesma ternura de outrora,
carregado de riscos por fora
para aqui envelhecendo fiquei!
Mas…
Se eu te pedisse para voltares
seria de novo menino!
prometia não ficar traquino,
travesso, endiabrado, irrequieto.
Volta!..
Eu espero!
Prometo que não serei
tudo o que não fui e não quero!
07-08-2004 11:08
(Óleo sobre tela Elisabete M. Sombreireiro Palma)
(Parabéns Elisabete!
Meu lindo sonho presente e belo - como lindos são os teus quadros.
Desta vez dedico-te um soneto)
Sonhos desfeitos
Rogério Martins Simões
O Sol resplandece e a água espuma
As ondas vagueiam e o barco desliza
Sobra no meu peito uma dor bruma
Que se esfuma nas colinas da brisa
A minha mão sobressai e já foi calma
O meu papel reproduz o adverso
Deixa escrever o que chora a alma
Acalma, vagueia e ensaia um verso
A escrita azul tem uma mancha preta:
Letra miudinha que desenha a caneta.
Do bloco de notas gotejam os defeitos
E se não mais encontrar sonho vão…
Fiquem os versos que redigi com a mão
Colorindo sonhos, com sonhos desfeitos
Lisboa – Tejo – 14 de Agosto de 2007
Concluído em 18 de Outubro de 2007
http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt
(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)
Elevo o espírito
Rogério Martins Simões
Elevo o espírito! Tenho os olhos perto
Só o pensamento não o sinto tremer…
Entoo, num canto, um canto encoberto
O que a tremura não me deixa fazer.
Volto à poesia na catarse que liberto
Chegaste, assim, ao impasse quefazer?
Desdobro e retomo o amanhã incerto
Faço de conta que se vive sem viver?
Aperto as minhas mãos para as libertar
Vejo-as estremecer! Já não sabem parar
Salva-me poesia, não me deixe ficar mal.
Volta poesia, pois de chorar tudo chorei.
Volta! Que na dor, pela dor não morrerei
Quanta melancolia têm estes olhos de sal!
Meco, 09-07-2007 20:03
(Meco- Portugal 2007)
Ondas me vão levando
Rogério Martins Simões
Nestas tardes, vazias, ondas me vão levando
Nestas tardes tardias, nas ondas terei sofrido
Morto estarei se breve não estiver chorando…
Cedo estarei chorando; se tarde haverei morrido…
Homem, poeta, quimera ou sonho, até quando?
Aceito as tardes vazias e não me dou por vencido
Estou morto? Ou vivo num corpo que não comando?
Passos os dias sofrendo, de tanto sofrer dividido
E se a dor avançar, chorar não é humilhação
Quero combater meus choros desta atribulação
Quero esgrimir que o mau tempo traz a bonança
Erguerei barreiras para conter todas as marés
Que me travam as mãos e me tolhem os pés
E com elas erguerei uma fortaleza de esperança
05-03-2007 21:51
PARKINSON PORTUGAL